Dos dias 26 a 30 de setembro de 2022 realizou-se a mobilidade a Saldus, na Letónia com os alunos Duarte Santos; João Ribeiro, Marta Moreira e Sofia Almeida, juntamente com os professores Alexandra Esteves, Júlia Lopes, Marco Ferreira e Mário Matos. Nestes projeto Erasmus intitulado “Aquamaris” participam também escolas da Letónia, Alemanha, Itália e Espanha. O primeiro dia começou cedo nesta terra "doce" (Saldus), a 120 km de Riga, depois de uma noite com poucas horas de sono, mas que não afetou o desempenho dos nossos alunos... Fomos logo os primeiros a apresentar o país, a cidade e a nossa Ferreira de Castro. Que bem estiveram! Seguiu-se uma caminhada pela escola onde estivemos a observar como é possível a recriação de jardins representando os vários ecossistemas e a presença em aulas de disciplinas diversas, entre muitas outras coisas. À tarde fomos até à Câmara Municipal, onde o nosso Duarte Santos brilhou ao responder acertadamente `ás questões colocadas aos alunos. Vagueando pela cidade, onde se conseguem avistar animais e muitas plantas de espécies que já não se encontram em Portugal, encantámo-nos com o cantar dos pássaros (música que sai do jardim) e com o declamar e cantar de poemas de Māris Čaklais , escritor natural de Saldus, que comparou a cidade a uma “gota de mel em tigela Kurzeme”. Que ideias giras! Entre outras coisas visitámos o museu Janis Rozentāls, que abriga uma exposição biográfica sobre o famoso residente de Saldus, bem como as suas primeiras pinturas originais. Detivemo-nos no edifício da escola de música e da escola de arte Saldus, que recebeu o Grand Prix no Prémio de Arquitetura da Letônia em 2013, e que é realmente muito bonito com o seu interior carregado de luz e tranquilidade, mesmo que frequentado por imensas crianças, já que este é o lugar onde depois das aulas, aprendem música, dança, tecnologias e arte. Cada família paga apenas 5 €/mês para frequentar esta escola. Na manhã do segundo dia dirigimo-nos a Liepāja, 100 km a oeste de Saldus, e começámos por visitar a fortaleza, um território militar fechado durante os anos de ocupação soviética. Hoje, esses labirintos da história, muito meteorizados e erodidos pelas águas do Báltico, estão livres para serem explorados. A guia referiu e explicou a importância de toda a vegetação circundante na proteção da cidade contra o poder erosivo das ondas do mar. A guia também afirmou que todos os sábados é recolhido lixo de forma a manter esta área como poderia estar originalmente. A seguir fomos a uma Nature House, superinteressante, construída sobre o que há muitos anos chamavam "ilha do cavalo" porque o lago e o mar Báltico estão ligados por um canal de água salgada que, quando invadia a terra, enriquecia o solo em nutrientes importante para pasto dos cavalos. Posteriormente chamou-se "ilha da lixeira" e é sobre esta lixeira que a casa foi construída. Muita biologia aprendemos neste local. Fantástico! À tarde visitámos Ziemupe, uma zona costeira com mais de 600 anos, perto de Liepāja. Alguns anos atrás, a principal atividade económica era a pesca, mas atualmente é o turismo. Visitámos um museu com artigos encontrados no mar, como uma mensagem numa garrafa, relativa a um aniversário de 30 anos de casamento, fósseis de animais marinhos (belemintes, rudistas, etc) e instrumentos de pesca. Havia também o modelo de uma casa antiga da região. No bosque em redor pudemos estudar a anatomia dos cogumelos, rãs e muitos outros seres vivos. Tivemos ainda oportunidade de passear pela bela praia da região, muito semelhante às portuguesas no que respeita à areia, mas com o mar muito calmo. O professor Marco Ferreira, com a sua interação constante com os alunos, explicando tudo o que se referia à biologia dos seres que encontrávamos foi eleito a “pessoa do dia”. Para finalizar subimos o farol de Akmeņraga com 196 degraus e desfrutámos da bela paisagem. Um belo treino físico! No dia 28 de setembro começámos por visitar uma instância de esqui, e snowboarder construída numa colina de lixo com 58m de altura e 240m de comprimento. De seguida rumámos ao recém-inaugurado Centro de Ciência e Inovação “VIZIUM” em Ventspils, o que contribuiu para um aumento do interesse pela ciência, inovação e pelo campo de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) dos alunos. À tarde visitámos Ventspils e Kuldīga, duas lindas e airosas cidades, onde, nesta última se encontra a cascata Venta Rapid (em letão: Ventas rumba), uma cascata no Rio Venta. É a mais larga da Europa, com 249 metros, e chega a 270 metros durante as inundações da primavera. A altura das quedas varia de 1,80 a 2,20 metros dependendo do nível da água no rio. A rocha da região é calcário dolomítico com diferentes níveis de resistência à erosão o que levou à formação desta cascata. Toda a região é muito linda, transpirado calma e harmonia. Neste dia o aluno Duarte Santos foi eleito a “pessoa do dia”. Quinta-feira foi o dia da apresentação dos trabalhos sobre as artes de pesca tradicionais dos diversos países e como podem contribuir, ou não, para a sustentabilidade dos oceanos. O trabalho português deste projeto Erasmus foi gravado no mês de agosto na praia de Cortegaça e os alunos tiveram a oportunidade de ir à pesca no barco do senhor Fernando antes do sol se levantar. Posteriormente produziram o vídeo sobre a Arte Xávega onde incluíram as filmagens desta experiência. Seguiram-se workshops com alunos de todos os países e posteriormente as apresentações dos trabalhos produzidos nesses workshops sobre a sustentabilidade dos oceanos. À noite foi o momento do convívio com muito boa disposição e onde foi possível aprender as danças tradicionais da Letónia e saborear um jantar oferecido pelas famílias de acolhimento. Este é precisamente um dos objetivos do projeto Erasmus. Os nossos alunos estiveram sempre muitíssimo bem, com espírito de iniciativa, solidariedade e de curiosidade; perfeitamente integrados nos grupos e com sede de saber e contribuir para o trabalho comum. Orgulho! No último dia a manhã foi passada em Koki (Árvores) para se aprender sobre economia circular. O nosso João Pedro Ramos Ribeiro brilhou nas respostas e arrecadou os 3 prémios. Em Koki há uma escola denominada Annas Koku Skola, fundada em 2014, que tem como objetivo educar crianças em ambientes mais naturais, para que elas se desenvolvam de uma forma mais distante dos ecrãs, com modos de vida mais saudáveis e com tendência para a sustentabilidade. Além disso, este edifício é feito por matéria-prima antiga, como tijolos ou madeira com 200 anos e o interior do edifício utiliza madeiras poupadas dos incêndios, como portas velhas, escadas e tábuas, que aqui ganham um segundo fôlego. Para além disso, este edifício tem oito parcerias, como por exemplo uma de construção de parques infantis com madeira antiga, sem a utilização de plástico. Para finalizar o périplo por este país báltico, à tarde visitou-se Riga declarada Património Mundial pela UNESCO. É a capital e maior cidade da Letónia e abriga 671.000 habitantes que é um terço da população da Letónia. Ficou-se a conhecer melhor a história e a cultura da Letónia e a compreender melhor a forma de ser e de estar dos letões. Foram cinco dias de muita aprendizagem aos mais diversos níveis!
Selo «Escola Sem Bullying | Escola Sem Violência»
A Comissão de Acompanhamento do Combate ao Bullying e ao Ciberbullying nas Escolas, certifica que foi atribuído o Selo «Escola Sem Bullying | Escola Sem Violência» ao/à “Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, Oliveira de Azeméis”.