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Palestra do Banco de Portugal: "Canais Digitais e Segurança Online"

bancoportugal

No âmbito do projeto de Educação Financeira, foram convidadas Cláudia Alves e Mafalda Beça do Banco de Portugal, para a dinamização da palestra sob o tema "Canais Digitais e Segurança Online", a 19 de maio, no auditório do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro.

Esta palestra teve por intuito despertar e sensibilizar os jovens para os perigos de fraudes e burlas financeiras em canais digitais e contou com a ilustre presença da Diretora do Agrupamento, a professora Ilda Gomes Ferreira.

Os alunos reconheceram a pertinência dos temas abordados, identificaram-se com as situações concretas expostas pelas palestrantes, identificaram formas de levar a cabo fraudes e burlas financeiras eletrónicas - percebendo como agir, precavendo-se.
Os discentes assimilaram sinais de alerta em esquemas fraudulentos no mundo digital, aprenderam a questionar ofertas financeiras que parecem boas demais para ser verdade, desenvolveram ferramentas de reflexão crítica no sentido de evitar decisões impulsivas que possam levar a perdas financeiras significativas, adquiriram conhecimentos e habilidades que lhes permitem tomar, no futuro, decisões financeiras informadas e eficazes sobre a consulta e gestão dos canais digitais.

Tratou-se de uma sessão importante para promover técnicas de navegação online seguras. O feedback dos participantes foi bastante positivo, reforçando a relevância do tema e da sensibilização, quer para aplicação na sua rotina, quer na consciencialização da importância da adoção de estratégias de prevenção, em prol de um futuro financeiro mais estável e próspero.
A professora: Susana Gomes

Participação na atividade “Achas que consegues aguentar?" - ADRITEM

adritem Sandra Sá Costa

No dia 6 de maio, os alunos do 10.º ano dos Cursos Profissionais participaram no evento “Achas que consegues aguentar?”, promovido pela ADRITEM, no Centro Empresarial de Loureiro.

Nesse evento um grupo de alunos do nosso Agrupamento ficou em 4.º lugar num concurso de empreendedorismo. 

A ADRITEM – Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria – promove diversas iniciativas que incentivam a participação dos alunos em atividades educativas e comunitárias. Os alunos tiveram a oportunidade de participar em atividades educativas, onde foram desafiados a identificar problemas reais na escola e a propor soluções criativas, sustentáveis e tecnológicas. Ao longo do projeto, os participantes desenvolveram ideias relacionadas com o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, situações de bullying e até com a saúde. A abordagem prática permitiu-lhes não só refletir sobre desafios do dia a dia, mas também aplicar conceitos de empreendedorismo e cidadania ativa.

O impacto desta participação estendeu-se para além deste dia, uma vez que os mentores do 10.º PI – Guilherme Fernandes, Mariana Loureiro e Juan Harriz – e do 10.º TD – Maria Carlota e Mara Ferreira – foram convidados a participar no “1.º Evento com Foco em Projetos Inovadores que Melhoram a Saúde Mental e a Felicidade no Trabalho”, que se realizou no dia 10 de maio, no mesmo local. No dia do evento,  os alunos assistiram a uma série de palestras sobre diversos tópicos, como a organização de uma empresa, a captação da audiência para os produtos, exemplos de grandes empresas da área industrial de Loureiro, a distribuição do capital pelo mundo, a criação de empresas com propósito e missão, o futuro da tecnologia e o seu efeito no mercado de trabalho, bem como a relação entre empregador e empregado. Entre estas palestras, foram realizados vários workshops destinados a treinar os participantes na criação e desenvolvimento de uma empresa, nos quais trocaram e avaliaram ideias com os restantes participantes, criaram o MVP (Minimum Viable Product) da sua empresa e apresentaram o projeto a um grupo de jurados mock-up, antes da apresentação final aos “tubarões”. Um dos grupos da turma 10.º PI/TD, composto por Mariana Loureiro e Mara Ferreira, alcançou o 4.º lugar na final, entre um total de 60 participantes.

A experiência foi enriquecedora e envolveu o trabalho em equipa, análise crítica e criatividade. Os alunos demonstraram entusiasmo ao explorar formas de transformar problemas em oportunidades, consolidando conhecimentos e desenvolvendo competências essenciais para o futuro.

saidageopark
No dia 18 de outubro, um dia extremamente ventoso, mas em que a chuva esperou que a saída de campo estivesse a terminar, os alunos dos 10º B e C da Escola Secundária Ferreira de Castro, com os professores Teresa Valente, Marco Ferreira (em substituição da prof. Alexandra Esteves), Fernanda Gomes e La-Salete Ribas, deslocaram-se à região de Arouca para observar alguns dos 41 geossítios (sítios de interesse geológico) que fazem parte do seu geoparque, o qual inclui um singular e valioso Património Geológico.
 
Logo pela manhã o grupo partiu do parque de campismo do Merujal até Albergaria da Serra, debaixo de um vento poderoso que fez uma limpeza de pele facial magnífica, procurando interpretar a formação daquela paisagem e conhecer um pouco mais sobre a riqueza biológica existente. Ao longo de 1,7 km de extensão, foram observados diversos tipos de habitats terrestres (pinhal, matos, bosquetes de carvalhal) e dulçaquícolas (ribeiras e turfeiras), terminando próximo do geossítio Frecha da Mizarela. Neste percurso, quando se calcorrea a montanha, onde a areia granítica surge aos nossos pés, pode-se observar um diversificado conjunto de paisagens características das áreas graníticas, tais como o “caos de blocos”, os relevos e associadas a estas, surgem ainda as curiosas formas graníticas (blocos zoomórficos, fissuração poligonal, pias...). De Albergaria da Serra, acompanhados pelo murmúrio das águas que identifica a proximidade ao vale do rio Caima, caracteristicamente apertado na região granítica, o grupo foi até à Frecha da Mizarela. Neste local foi possível observar um fenómeno de erosão diferencial provocada pelo rio Caima que, ao passar de uma zona de granitos para outra de xistos, origina um desnível acentuado de 70m. No leito do rio atesta-se a força humana, em tempos ancestrais, para tirar partido das águas.

Em seguida, bem próximo da Frecha da Mizarela pode observar-se o contacto nítido entre os metassedimentos ante-ordovícicos e o granito da Serra da Freita, segundo uma direção aproximada NW-SE e sub-verticalizado, e onde se encontra grande abundância de cristais de estaurolite que podem atingir dimensões de vários centímetros, o que evidencia a existência de metamorfismo regional na origem das rochas que os contêm.

Momentaneamente abrigados do vento o autocarro levou o grupo até ao Miradouro do Detrelo da Malhada, um dos miradouros mais bonitos de Portugal. A infraestrutura de apoio à observação que aqui encontra assenta sobre rochas de caráter «xistento», praticamente verticalizadas, como se fossem muralhas protetoras da serra da Freita. A encosta norte da Serra da Freita é daqui bem visível com os diferentes níveis de erosão, que comprovam o movimento de deslocação dos blocos, que elevaram esta montanha. Dele é possível ver praticamente todo o Arouca Geopark e em dias de boa visibilidade até se consegue avistar o oceano Atlântico e as montanhas do Gerês. Além disso, num dia como este, foi possível ter a perceção única da força do vento que quase arranca os pés do chão de um qualquer ser humano.

O almoço decorreu no Parque de Campismo do Merujal, localizado em pleno planalto da Serra da Freita e constituiu um momento de bom convívio.
Dali partiu-se para a aldeia da Castanheira com o objetivo do observar as famosas “Pedras Parideiras”. No caminho visitou-se campo de dobras da Castanheira, nas rochas mais antigas do Arouca Geopark. Estas formaram-se há mais de 500 milhões de anos nas profundezas de um mar antigo no hemisfério sul. Há cerca de 350 milhões de anos, os continentes de então começaram a juntar-se para formarem o supercontinente Pangeia e este processo originou a Orogenia Varisca que provocou o metamorfismo dos sedimentos, originando as rochas xistentas e metagrauvacoides e o seu consequente dobramento. As rochas intensamente dobradas que aqui são uma espécie de fotografia da formação dessas montanhas antigas, semelhante à atual Cordilheira dos Andes, sendo a Serra da Freita apenas um pequeno resquício das suas raízes, já muito erodidas. Nesta região ocorrem ainda inúmeros filões de quartzo.

Mais à frente observou-se o plutonito de Castanheira (granito nodular) e os nódulos, de forma discoidal e biconvexa, que integram um “núcleo” de composição granítica (quartzo e feldspato) envolvido por camadas de biotite; estes nódulos destacam-se facilmente da rocha deixando nela o seu molde forrado pela biotite; os nódulos estão dispersos pela rocha, podendo alcançar 15 cm de comprimento e o fenómeno de separação da rocha, por ação dos agentes erosivos, é conhecido por “pedras parideiras”, a “pedra que pare pedra”.

Já com a chuva a acariciar o autocarro, avançou-se até ao icónico Radar Meteorológico de Arouca, o radar mais fotogénico de Portugal, pois, mesmo sem subir à torre, com os pés assentes no Pico do Gralheiro, já se está a mais de 1000 metros de altitude. A vista sobre o planalto da Freita é soberba mesmo com a chuva a tentar escondê-la. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) não poderia ter escolhido melhor local para instalar o terceiro radar da sua rede. O edifício, de forma curiosa, apresenta um piso panorâmico (o 10.º), onde a paisagem que se avista deixa de ser soberba e passa a ser verdadeiramente avassaladora.

A viagem de regresso à Escola, no calor do autocarro, pautou-se por muita euforia!

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