Visita de estudo ao i3S e Laboratório Aberto - Aula Laboratorial

1745 Teresa Valente

Os alunos das turmas A, D, E e F do 11.º Ano, que frequentam a disciplina de Biologia e Geologia, acompanhados pela Professora Teresa Valente, realizaram no dia 21 de novembro durante a manhã uma visita ao i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde onde tiveram oportunidade de contactar com o mundo da investigação e da sua importância para a evolução científica. Foi neste âmbito que conheceram a investigadora Mariana Osswald que partilhou connosco o trabalho de investigação pós-doutoral, que neste momento desenvolve, com o objetivo de compreender os mecanismos que garantem a arquitetura e integridade dos tecidos em epitélios proliferativos.
Após a pausa para um almoço partilhado nas imediações do Instituto, partimos para o Laboratório Aberto, para a realização da atividade
"Tratamento do Cancro: caracterização genética de Tumores"; nesta atividade os alunos tiveram oportunidade de utilizar algumas Ferramentas da Biologia Molecular, nomeadamente análise de Perfis por Sanger e por Microarrays, e perceber como é que estas técnicas contribuem para a caracterização genética dos doentes e para a determinação das Terapias a aplicar.
Foi um dia muito enriquecedor, com muitas aprendizagens significativas importantes, e muito divertido.

Portimão 2025 - Sessão Regional do Parlamento Europeu dos Jovens

parlamentoeuropeu25

A Voz dos Jovens: Participação na sessão regional do EYP

Entre os dias 14 e 16 de novembro de 2025, eu, Francisca Bastos, com mais seis colegas Afonso Fazenda, Clara Pinto, Emanuel Fernandes, Mafalda Mortágua, Pedro Alves e Tatiana Borges, dedicados ao debate, à cidadania e ao fortalecimento do espírito europeu, tivemos a oportunidade de participar na Sessão Regional do Parlamento Europeu dos Jovens, realizada em Portimão. Esta experiência representou muito mais do que uma atividade extracurricular, foi uma verdadeira imersão no diálogo democrático, na construção de ideias e no confronto saudável de perspetivas que podem moldar o futuro da Europa.
Acompanhados pela professora Ana Paula Azinheira, conscientes da responsabilidade de representar a nossa comunidade escolar e movidos pela curiosidade de quem procura compreender o mundo para além dos manuais, abraçamos a aventura que o evento proporcionou. Ao longo de três dias participamos em debates colaborativos, ouvimos, argumentamos e aprendemos a encarar cada questão com espírito crítico e respeito pela diversidade de opiniões.
A experiência foi também um espaço de encontro, convivência e crescimento pessoal. Entre momentos de partilha, pequenas conquistas, o nervosismo inicial e o orgulho final, reforçamos a consciência do valor da participação ativa.
No regresso, trouxemos não apenas o cansaço de dias intensos, mas sobretudo a certeza de que o debate informado e a participação ativa são pilares indispensáveis de uma Europa mais justa, mais inclusiva e mais consciente do papel dos seus jovens cidadãos.
Participar no Parlamento Europeu dos Jovens, em Portimão, não foi apenas viver um evento, foi assumir um compromisso. Um compromisso com o pensamento crítico, com a cidadania e com a vontade de contribuir para um futuro em que cada voz conta e em que a voz dos jovens se faz ouvir com força, propósito e esperança.


Autora: Francisca Bastos 11.º E

Exposição 10.º ano «Os Lusíadas» - Reflexões do Poeta

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No âmbito da disciplina de Português e a propósito do estudo das Reflexões do Poeta referentes à obra 'Os Lusíadas' do nosso poeta maior, Luís de Camões, foi proposto aos alunos do 10.º A e 10.º B que concebessem, de uma maneira criativa, um objeto (físico ou digital) que refletisse a aprendizagem desses excertos. Os alunos experimentaram o caminho alto e fragoso de que nos fala o poeta. Os resultados só podiam ter sido muito bons: livros, diários, manuscritos, contos digitais, blogs, vídeos, jogos de tabuleiro, jogos de cartas, quizizz, escapeRoom, malas temáticas, cubos, uma Ilha dos Amores... E uma exposição na Biblioteca da Escola Ferreira de Castro. Estão, por isso, de parabéns!


 

A Project Management System for a Better Quality of Teaching

erasmusstoc

No âmbito do Projeto PROJECT 2024-2-PT01-KA122-ADU-000287903 | AS CORES UNIDAS DA EUROPA, do Programa Erasmus + ADULTOS, entre os dias 9 e 16 de novembro, a assistente administrativa, Ercília Bastos, e os docentes Margarida Pires, Teresa de Jesus e Vítor Amorim, do nosso Agrupamento, estiveram em Mobilidade, na cidade de Gdansk, Polónia, para participar no curso estruturado “A Project Management System for a Better Quality of Teaching”.
O objetivo principal era participar num curso estruturado de gestão de projetos e permitiu conhecer a utilidade de diversas ferramentas de gestão de projetos.
De um ponto de vista profissional, a formação permitiu alargar significativamente a compreensão da gestão de projetos na Educação.
O curso foi dinâmico e prático. O contacto com colegas de diferentes países acrescentou-lhe uma dimensão internacional que enriqueceu imenso as nossas discussões e reflexões sobre os desafios comuns que o setor educativo enfrenta.
Sentiu-se que cada sessão reforçou competências essenciais, desde o planeamento estratégico ao trabalho colaborativo.
Foi um curso prático, dinâmico e ligado à realidade das escolas europeias. Foi além das nossas expectativas.
Participar nesta Mobilidade Erasmus, convictamente, deu-nos ferramentas e competências para desenvolver a autoconsciência do papel de professor/formador e reforçar o trabalho de equipa.
Desta forma, atividades de planeamento de projetos e processos para a gestão bem-sucedida de recursos, comunicação, riscos e mudanças serão uma mais-valia para o enriquecimento do Agrupamento e para a qualidade da formação de adultos.
Reforçando este enriquecimento profissional, há um outro enriquecimento: humano e cultural.
Nesta viagem, inesquecível foi a imersão cultural, pois tivemos a oportunidade única de participar na Parada do Dia da Independência da Polónia. Ver o fervor patriótico, o movimento de solidariedade e o espírito da comunidade em Gdansk teve em nós um grande impacto e foi uma lição de História e resiliência.
A forma afetuosa, amistosa e hospitaleira como fomos recebidos fez-nos sentir como se já nos conhecessemos e fizessemos parte da comunidade.

saidageopark
No dia 18 de outubro, um dia extremamente ventoso, mas em que a chuva esperou que a saída de campo estivesse a terminar, os alunos dos 10º B e C da Escola Secundária Ferreira de Castro, com os professores Teresa Valente, Marco Ferreira (em substituição da prof. Alexandra Esteves), Fernanda Gomes e La-Salete Ribas, deslocaram-se à região de Arouca para observar alguns dos 41 geossítios (sítios de interesse geológico) que fazem parte do seu geoparque, o qual inclui um singular e valioso Património Geológico.
 
Logo pela manhã o grupo partiu do parque de campismo do Merujal até Albergaria da Serra, debaixo de um vento poderoso que fez uma limpeza de pele facial magnífica, procurando interpretar a formação daquela paisagem e conhecer um pouco mais sobre a riqueza biológica existente. Ao longo de 1,7 km de extensão, foram observados diversos tipos de habitats terrestres (pinhal, matos, bosquetes de carvalhal) e dulçaquícolas (ribeiras e turfeiras), terminando próximo do geossítio Frecha da Mizarela. Neste percurso, quando se calcorrea a montanha, onde a areia granítica surge aos nossos pés, pode-se observar um diversificado conjunto de paisagens características das áreas graníticas, tais como o “caos de blocos”, os relevos e associadas a estas, surgem ainda as curiosas formas graníticas (blocos zoomórficos, fissuração poligonal, pias...). De Albergaria da Serra, acompanhados pelo murmúrio das águas que identifica a proximidade ao vale do rio Caima, caracteristicamente apertado na região granítica, o grupo foi até à Frecha da Mizarela. Neste local foi possível observar um fenómeno de erosão diferencial provocada pelo rio Caima que, ao passar de uma zona de granitos para outra de xistos, origina um desnível acentuado de 70m. No leito do rio atesta-se a força humana, em tempos ancestrais, para tirar partido das águas.

Em seguida, bem próximo da Frecha da Mizarela pode observar-se o contacto nítido entre os metassedimentos ante-ordovícicos e o granito da Serra da Freita, segundo uma direção aproximada NW-SE e sub-verticalizado, e onde se encontra grande abundância de cristais de estaurolite que podem atingir dimensões de vários centímetros, o que evidencia a existência de metamorfismo regional na origem das rochas que os contêm.

Momentaneamente abrigados do vento o autocarro levou o grupo até ao Miradouro do Detrelo da Malhada, um dos miradouros mais bonitos de Portugal. A infraestrutura de apoio à observação que aqui encontra assenta sobre rochas de caráter «xistento», praticamente verticalizadas, como se fossem muralhas protetoras da serra da Freita. A encosta norte da Serra da Freita é daqui bem visível com os diferentes níveis de erosão, que comprovam o movimento de deslocação dos blocos, que elevaram esta montanha. Dele é possível ver praticamente todo o Arouca Geopark e em dias de boa visibilidade até se consegue avistar o oceano Atlântico e as montanhas do Gerês. Além disso, num dia como este, foi possível ter a perceção única da força do vento que quase arranca os pés do chão de um qualquer ser humano.

O almoço decorreu no Parque de Campismo do Merujal, localizado em pleno planalto da Serra da Freita e constituiu um momento de bom convívio.
Dali partiu-se para a aldeia da Castanheira com o objetivo do observar as famosas “Pedras Parideiras”. No caminho visitou-se campo de dobras da Castanheira, nas rochas mais antigas do Arouca Geopark. Estas formaram-se há mais de 500 milhões de anos nas profundezas de um mar antigo no hemisfério sul. Há cerca de 350 milhões de anos, os continentes de então começaram a juntar-se para formarem o supercontinente Pangeia e este processo originou a Orogenia Varisca que provocou o metamorfismo dos sedimentos, originando as rochas xistentas e metagrauvacoides e o seu consequente dobramento. As rochas intensamente dobradas que aqui são uma espécie de fotografia da formação dessas montanhas antigas, semelhante à atual Cordilheira dos Andes, sendo a Serra da Freita apenas um pequeno resquício das suas raízes, já muito erodidas. Nesta região ocorrem ainda inúmeros filões de quartzo.

Mais à frente observou-se o plutonito de Castanheira (granito nodular) e os nódulos, de forma discoidal e biconvexa, que integram um “núcleo” de composição granítica (quartzo e feldspato) envolvido por camadas de biotite; estes nódulos destacam-se facilmente da rocha deixando nela o seu molde forrado pela biotite; os nódulos estão dispersos pela rocha, podendo alcançar 15 cm de comprimento e o fenómeno de separação da rocha, por ação dos agentes erosivos, é conhecido por “pedras parideiras”, a “pedra que pare pedra”.

Já com a chuva a acariciar o autocarro, avançou-se até ao icónico Radar Meteorológico de Arouca, o radar mais fotogénico de Portugal, pois, mesmo sem subir à torre, com os pés assentes no Pico do Gralheiro, já se está a mais de 1000 metros de altitude. A vista sobre o planalto da Freita é soberba mesmo com a chuva a tentar escondê-la. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) não poderia ter escolhido melhor local para instalar o terceiro radar da sua rede. O edifício, de forma curiosa, apresenta um piso panorâmico (o 10.º), onde a paisagem que se avista deixa de ser soberba e passa a ser verdadeiramente avassaladora.

A viagem de regresso à Escola, no calor do autocarro, pautou-se por muita euforia!

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