Na passada quinta-feira, vigésimo sexto dia do primeiro mês do ano, a turma do 11º A deslocou-se ao centro de Oliveira de Azeméis, com vista a visitar a Casa-Museu Regional de Oliveira de Azeméis, no âmbito do projeto interdisciplinar do Domínio de Autonomia Curricular. Convictos dos objetivos que pretendiam alcançar, bem como da temática sobre a qual estão debruçados, estes jovens demonstraram o seu interesse na história da indústria vidreira portuguesa ao explorarem detalhadamente o berço do vidro português.
Para além de visitar a secção do Museu dedicada ao Berço Vidreiro, os alunos descobriram a origem do topónimo da cidade: Oliveira porque era um local onde abundavam estas árvores e Azeméis devido à presença do Azemél (ou almocreve/comerciante) que era o indivíduo que guiava a azémola, animal de carga.
Durante o percurso de regresso à escola, foram igualmente feitas paragens em pontos relevantes do território oliveirense cujo mote se centra na temática estudada. Locais onde são homenageadas as gerações de vidreiros e empresários que, ao longo de quatro séculos, perpetuaram esta importante atividade que deu origem à atual indústria de moldes.
Salientamos no centro da cidade, na praça do Gemini, o mural de grandes dimensões, representando a figura de um vidreiro, executado por Manolo Mesa, um dos mais reconhecidos artistas espanhóis de arte urbana, e a escultura, concebida com reaproveitamento de materiais, da autoria de Albano Ruela.
Na rotunda junto ao Centro de Saúde, perto das antigas instalações do Centro Vidreiro do Norte de Portugal, pudemos apreciar o monumento escultórico em homenagem à indústria do vidro.
Já de regresso à escola, pudemos assistir a uma apresentação realizada pelo Dr. Ricardo Freitas, técnico superior da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, intitulada “História Vítrea de Oliveira de Azeméis, que versava sobre as origens do vidro e sua incidência no território oliveirense .
Ainda que com produção pontual e de carácter demonstrativo e pedagógico, o nosso concelho é um dos que pretende imortalizar a história da produção de vidro portuguesa. Este foi, portanto, um dia marcado pelo adquirir de novo conhecimento à cerca da indústria do vidro no nosso concelho, que, apesar de frequentemente esquecida, apresenta grande notoriedade a nível nacional.